segunda-feira, 27 de julho de 2009

Sonho Cheiroso

Eu acordei tarde hoje. Dormi mais do que devia. Acho que porque sonhei muito e não queria acordar.Eu sonho muito quando durmo. Dizem que todos sonhamos, mas uns lembram, outros não. Eu sou uma das que lembram de tudo. Apesar que nem sempre foi assim, fui desenvolvendo uma técnica com o tempo. Porque acho que sonhos são resultados do nosso inconsciente e de nosso sexto sentido, nossa intuição, que no meu caso, é forte. E lembrar pode ser muito esclarecedor.
Dizem que quando dormimos, nosso espírito trabalha do outro lado. Temos uma vida paralela no além. Ficamos ligados ao corpo, mas quando acordamos, recebemos a graça do esquecimento. Hummmm
Pois acho que minha vida é intensa no além. Sabe aquela sensação de saudade que temos às vezes e nem sabemos de quem ou do quê? Hummmm…. Ainda não estamos preparados para saber e sentir o que realmente existe. Acho que as conexões entre corpo e espírito dariam tilt.

Ontem assisti uma reportagem no Fantástico sobre uma mulher que consegue sentir o cheiro e ver as cores da música. Que incrível. Acho que no caso dela, esqueceram uma portinha aberta. Como isso deve ser perturbador pra ela em se tratando desse mundo. Imagina o cheiro de uma música da Tati-Quebra-Barraco??? As cores de uma música sem melodia como os pancadões?? Ela enxerga quadrados pretos quando vai às baladas de música eletrônica.
Mas por outro lado, que maravilha devem ser as cores e cheiros de uma sinfonia de Beethoven? Daria tudo pra passar por uma experiência como essa. Mas não vai ser neste mundo primata. Talvez no além, nos “sonhos”.

E enquanto estiver acordada, vou continuar sonhando. Sonhando e tentando realizar acordada o que sonho em sonho. E falando nisso, saudades dos sonhos com goiabada da minha Oma (avó).
A quem me lê e me ouve,

Um beijo.

ALANA.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Baba


Quando a gente está no caminho certo, pode demorar anos, décadas, mas as coisas acontecem a nosso favor. Sabe aquela palavra torta engolida a seco? Aquela ofensa, injustiça ou sacanagem que fizeram pra você? E você resolveu não rodar a baiana e deixar o tempo cuidar daquilo? E não é, meninos e meninas, que ele resolve MESMO? No caso da Kelly Key , ela cantou o fora que levou e anos depois o cara babando por ela em “Baba, baby, baba”, lembra? (Hahaha...ah, vai..duvido que você nunca tenha assoviado essa música. D-U-V-I-D-O. Me engana que eu gooosto. Hummm...Na verdade, não gosto, não.)

Well, nestas duas últimas semanas o mundo girou pra mim duas vezes. No primeiro caso não vou citar o nome, no segundo faço questão de citar. Resumindo bem pra caber neste blog: anos atrás, eu mal tinha chegado a SP e me apresentaram uma pessoa para um business. Ia ser muito legal pra mim na época. Mas a pessoa, por motivos que só o meu aliado tempo e eu conhecemos, não quis fechar comigo por motivos próprios sórdidos. Tá...fiquei chateada, claro. Mas pensei: tudo bem...o globo gira, o cabelo cresce e tudo dá certo quando estamos no caminho certo. Captou? Captou? Anos se passaram e semana passada tive dentro da sala da minha própria casa (com testemunhas)a pessoa se oferecendo pra trabalhar comigo. Só não vou dizer que implorou porque não ajoelhou. Rs. Eu, de cima do meu salto altíssimo, olhando uns 20cm para baixo , agradeci e me despedi. Agradeci o tempo e me despedi dessa história com final mais do que perfeito. Babado!

Segundo caso: mais anos atrás quando minha primeira música começou a tocar nas rádios, na escola onde eu dava aulas de inglês, deixávamos o rádio ligado pra ouvir quando tocasse, e tocava umas cinco vezes por dia, o que é muito. Só que tinha uma certa música chamada Gnomos (ou Duendes?) da banda Tihuana, que tocava umas 10!!!! Era um tal de “eu vi dueeeendes”..o dia inteirinho. Aaaaaaaaaaaahhhhhhhh!! E como se não bastasse, as pessoas cantarolavam isso por todos os lados. Afffff!!!!!!!! Peguei trauma. Não podia nem ouvir falar..rs.Claro que depois vieram músicas maravilhosas deles como “Que vês? Que vês quando me vês?” que eu adoro...veio Renata...veio Tropa de Elite e tantas outras. E também há duas semanas a parceria com o guitarrista da banda, o Leo. Fizemos duas músicas e hoje a primeira ficou pronta no estúdio. LINDA!!! Quem diria que o duende ia virar fada? Fada madrinha desta parceria bacanérrima. Babei, babei.

É isso...um dia babam em você, em outro dia babam por você e em outro, você é quem baba.

O tempo é seu aliado, não é seu inimigo. Já ouviu isso?


Girou a roleta, Silviooooooo!!


A quem me lê e me ouve,


Um beijo.


ALANA.

domingo, 12 de julho de 2009

Toc-toc!!

Eu estava assistindo hoje uns vídeos do Elvis, e um deles foi bem revelador (apesar de eu já saber): ele era muito inseguro e ansioso. Sabe que se você reparar, ou se como eu, estudou a biografia e adora psicologia, todos os grandes mitos artistas eram extremamente inseguros, tinham baixa auto-estima, eram over sensíveis e sofreram muito durante a vida. Alguns exemplos típicos: (além do Elvis) Marylin Monroe, Maria Callas, Michael Jackson, Beethoven, Edith Piaf... Isso sem citar os que ainda são vivos. Madonna é tudo isso também, apesar de passar uma imagem oposta a isso.
Acho que antes de nascer, Deus pergunta: você quer ser uma pessoa comum e feliz, ou um artista e sofrer até o final da sua vida terrena? Roberto Carlos tem TOC. As pessoas com uma sensibilidade além do normal acabam canalizando (mistérios do cérebro ou da alma, Freud explica) para algo como a arte, ou se não for o suficiente, manias, distúrbios (como álcool, drogas, comida, jogo, sexo, e outros tantos).
Eu me lembro de ter tido TOC desde criança. Com 5 anos eu não conseguia dormir se a chave da porta não estivesse na horizontal. Minha mãe me conta que, quando ainda bebê, eu não dormia e chorava se o travesseirinho não estivesse na posição correta e com o elefantinho virado pra cima. Eu lavava a barriga umas 50 vezes pro lado direito e outras 50 pro lado esquerdo, senão iria escorregar e morrer no banho. No carro, eu tinha que escrever mentalmente tudo que eu lia nos outdoors, senão bateríamos o carro. Enfim, não sabia que isso tinha um nome, e que outros também tinham isso. Só sei que mesmo criança, não agüentei a prisão psicológica disto tudo e resolvi me libertar. Fiz um esforço absurdo pra controlar tudo isso. Hoje sei que se eu começar algum “ritual”, não pararei mais. Mas hoje também sei que posso controlar e, caso eu não consiga, que nada vai acontecer se eu não conseguir. Uma das manias do Roberto Carlos, que é deixar uma gola pra dentro e outra pra fora, me deixa quase com falta de ar. O TOC dele quase gera um TOC em mim!! Rs.. Só posso dizer que minha música é minha salvação. Tenho certeza que a dele também.

Eu falei antes que nós, artistas, fazemos a escolha antes de nascer. Na verdade eu acho que a gente não tem escolha. Precisamos da arte pra viver, para expressar nossa verdade, assim como precisamos respirar, como precisamos de água. É nossa forma de amar, de mostrar o amor e de distribuir isso até onde podemos alcançar.

A quem me lê e me ouve,


Um beijo,


ALANA.

sábado, 4 de julho de 2009

Parece mas não é, Denorex, óóó!

Entrei no banheiro há pouco e quase grudei no teto de susto. Achei que tinha visto uma barata no chão do box do chuveiro. Era aquele sabonete Phebo pretinho chegando no fim...e que de longe, para alguém meio cegueta como eu, parecia mesmo uma barata. Entrei no banho sem conseguir tirar o olho do sabonete-monstro. E aí minha imaginação foi a mil. Deviam inventar um computador à prova d`água ( se é que ainda não inventaram) , porque eu tenho tantas idéias durante o banho...escrevo textos mentais, músicas, crônicas, discursos, que entram pelo ralo assim que fecho a torneira. Esqueço tudo. Mas voltando ao sabonete-barata, fiquei pensando em quantas vezes a gente acha que vê algo que na real não é, quantas vezes ouvimos algo e interpretamos errado. Quantos problemas criamos sozinhos na nossa própria mente. Quantas brigas, quantas mágoas, quantas lágrimas podiam ser evitadas se enxergássemos a realidade e não o que gostaríamos que a realidade fosse. Se aceitássemos as coisas e pessoas como elas são. Ou se as pessoas se mostrassem como realmente são. Ia ser tão mais fácil. A gente ia poder ter opção de escolha.
Minhas flores preferidas são as margaridas. Porque são simples, lindas e mesmo sem um grande perfume, são perfeitas e despretensiosas. Elas me passam sensação de liberdade, elas não querem ser nada alem de margaridas.
Passei a tarde de hoje na Fnac e na Saraiva. Juro que eu podia ter passado a manhã e a noite lá também. Não ia nem perceber o tempo passar. Todos aqueles livros que eu gostaria de ler, todos os discos que eu queria ouvir, DVDs que quero assistir. Não caberiam num caminhão. E ali é um perfeito exemplo do que parece ser e não é. Por vários motivos: Primeiro vou falar daquelas pessoas que fingem pra impressionar até aqueles que não conhecem. O cara tá doido pra olhar a capa da Sexy...mas se tem uma mulher interessante por perto, vai pegar a Veja pra folhar. A mulher adora fofoca, mas vai pegar o livro de culinária....rss. Bizarro. Já ficou observando? E quer saber? Na verdade adoro o ser humano ser assim, imperfeito. Somos complexos, complicamos tudo e dizemos que queremos tudo simples. A real é que adoramos um drama. A maioria não quer ter uma vida comum, quer emoção. Quer ser o que não é. Ou pelo menos tenta aparentar algo diferente da realidade. É por isso que muitas vezes compramos livros pela capa, SIM. Na locadora de vídeo, não basta a sinopse ser boa, a capa tem que ser legal também.
Tem gente que adora tragédia alheia, assiste todos os programas de sensacionalismo, adora o plantão da Globo. Acho que é porque fica feliz de saber que tem gente com vida pior que a sua própria. Afff.
Eu não sou perfeita, sou ser humano. Mas não gosto da tragédia. Sou o oposto. Às vezes sou meio Polyana, não quero enxergar o lado feio e ruim, e faço o jogo do contente, apago o que me magoa e me faz mal. Queria poder viver só no colorido e isso também não é bom.
Então, vamos seguindo...cada um na sua forma de lidar com a vida, se iludindo, se confortando, se encarando, se maquiando.


Eu aqui, sou só Alana. Alana por Alana.

A quem me lê e me ouve,

Um beijo.

ALANA.