sexta-feira, 9 de julho de 2010

Feio Na Foto


Em tempos que vivemos em um grande big brother (com câmeras nos seguindo nos elevadores, nas calçadas, semáforos e qualquer lugar que você entre) e todos viraram grandes fotógrafos de celulares, é impossível sair bem em todas as fotos.

Aí estamos numa foto com mais cinco pessoas, e só você saiu rindo esquisito, com uma papinha no pescoço (que no espelho você NÃO TEM) e com um olho maior que o outro.
E não dá pra você pedir pra apagar...porque todo mundo achou a foto ÓÓÓTIMA!
Ela em duas horas estará sendo vista pelo mundo na internet. O que se faz? Joga a câmera na piscina? Esconde? Chora e implora?

Nada! Desencaine!! Sair feio na foto hoje é original e natural!
Esculacha de uma vez, manda pro site FEIO NA FOTO e "cest la vie"!

Antes feia do que triste!

http://feionafoto.wordpress.com/

A quem me lê e me ouve,

Um beijo.

ALANA.

terça-feira, 6 de julho de 2010

O Band-Aid


O machucado já curou e é só esperar cicatrizar.
Mas o band-aid continua ali.
Você até tentou tirar, mas ficou aquela colinha, e incomoda na hora de puxar. Então você deixa ali.
Quem sabe tirar na hora do banho quando estiver mais molinho?
Mas toda vez que puxa, prende um pelinho e dói. Então melhor deixar ele ali mesmo. Quem sabe ele cai sozinho? Hum…acho que se for puxando aos pouquinhos, vai doer... mas vai doer aos pouquinhos.
Às vezes na vida, é melhor arrancar o band-aid de uma vez! Dói na hora, mas dói uma vez só. Puxa logo!

A quem me lê e me ouve,

Um beijo.

ALANA.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Marcas

Eu não tenho tatuagens.
Quem tem, diz que é por necessidadede de registrar na pele
algo tão significativo que quer marcar pra sempre no próprio corpo.
Mas eu nunca senti essa necessidade.
Eu tenho cicatrizes. Algumas.
No joelho, nas costas, no queixo. É, no queixo.
Se você reparar bem, vai ver.
Ela já me incomodou, mas hoje eu gosto. Tenho até orgulho dela.
Porque faz parte do meu rosto.
Assim como se juntarão a ela um dia (espero que beeem distante) as outras marcas
inexoráveis da minha história.
E tenho também outras marcas invisíveis.
Essas você não vai ver em mim, vai só ouvir, talvez.

A quem me lê e me ouve,

Um beijo,

ALANA.

domingo, 4 de julho de 2010

FREIO


"Eu preciso aprender a ser menos. Menos dramática. Menos intensa. Menos exagerada.
Alguém já desejou isso na vida: ser menos? Pois é.Mas eu preciso.

Nesse minuto, nesse segundo, por favor, me bloqueie o coração, me cale o pensamento, me dê uma droga forte para tranqüilizar a alma. Porque eu preciso. E preciso muito. Eu preciso diminuir o ritmo, abaixar o volume, andar na velocidade permitida, não atropelar quem chega, não tropeçar em mim mesma. Eu preciso respirar.
Me aperte o pause, me deixe em stand by, eu não dou conta do meu coração que quer muito. Eu preciso desatar o nó. Eu preciso sentir menos, sonhar menos, amar menos, sofrer menos ainda.

Onde está a placa de PARE bem no meio da minha frase? Confesso: eu não consigo. Nada em mim pára, nada em mim é morno, nada é pouco, não existe sinal vermelho no meu caminho que se abre e me chama. E eu vou... Com o coração na mochila, o lápis borrado, o sorriso e a dúvida, a coragem e o medo, mas vou...

Não digo: "estou indo", não digo: "daqui a pouco", nada tem hora a não ser agora. Existe aí algum remedinho para não-sentir? Existe alguma terapia, acupuntura, pedras ou simpatia para me calar a alma e deixar mudo o pensamento?
Quer saber? Existe. Existe e eu preciso. Preciso e não quero."

A quem me lê e me ouve,

Um beijo.

ALANA.

Semi-saudades?


Eu tenho um certo receio de quem sente pela metade.
Não confio em quem não sabe se gosta. E tem pior: os que gostam de sofrer.
Quem é que pode gostar da dor? Os poetas e artistas se utilizam dela
pra criar. Mas isso não quer dizer gostar, e sim uma forma de aliviar.
Mas o que me deixa grilada mesmo são os que dizem gostar da saudade.
E escrevi então um poema sobre isso:

Quem diz que é boa a saudade que sente…
Não sabe o que fala, não deve ser gente
Talvez sonha ou se engana
Mas de amor não entende.

Quem diz que é boa a saudade que sente...
Não viveu de verdade
Gosta de sofrer ou e é doente
Mas com certeza…não amou o suficiente.

Quem diz que é boa a saudade que sente…
Não tem coração ou está dormente
É insensível ou louco
E tenho pena, porque se amou… foi pouco.


A quem me lê e me ouve,

Um beijo.

ALANA.