sábado, 25 de setembro de 2010
SORTE
Se o destino existe, o que acontece com a sorte?
É só um golpe pra nos enganar?
Ganho rifas, bingo, sorteio, acho até dinheiro na rua
Mas em se tratando de destino, sorte mesmo foi a minha
Quando na vida, a minha encontrou a tua.
Atrasos programados, acasos desconhecidos
Dou topada, tropeço , demoro mas chego.
O caminho não interessa, se é lento ou se tem pressa
Com sorte ou sem, na minha loteria só importa você.
Apesar de ganhar quase sempre, não gosto de jogar.
Meu amuleto é acreditar
que se existe a sorte,
Que só a morte… possa nos separar.
A quem me lê e me ouve,
Um beijo.
ALANA.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Eu Só Queria...
Quando a gente é novinho e não sabe o que quer, a gente fica torcendo pra precisar usar óculos, colocar aparelho no dente ou engessar o braço (ops....só eu que quis?)
Hoje eu só queria ruas planas para sapatos difíceis.
Queria ter coragem de assistir Assombrações sozinha.
Queria não repetir vestido.
Queria viajar sem saber pra onde.
Queria que as flores que eu ganhei durassem pra sempre.
Queria ter noção do ridículo.
Queria adotar um bem diferente de mim.
Queria ter a sombrancelha da Brigitte Bardot.
Queria o guarda-chuva da menina do metrô.
Queria ter uma biblioteca e uma jukebox.
...Pensando bem, tudo que eu queria mesmo…
Era que você me conhecesse assim só de me olhar.
Que eu não precisasse falar, explicar ou me contar.
Queria que você me desemburrasse…e não ficasse só esperando passar.
Queria que adorasse meu bolo de laranja, minhas notas desafinadas, minha ceroula desbotada e meu cachorro mimado.
Eu só queria que esse mundo que eu queria…fosse real. Dá?
A quem me lê e me ouve,
Um beijo.
ALANA.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Perfeita Imperfeição
Detesto coisas perfeitas. A perfeição é fácil de ser esquecida.
Nariz perfeito jamais será lembrado.
Porém, orelhas tortas nunca serão confundidas.
Nomes estranhos podem virar piada, mas ficam na história e são facilmente reconhecidos.
Uma pinta preta e peluda pode não ser bonita, mas na bochecha certa, jamais será esquecida.
Bela é a voz rachada com personalidade.
Charmoso é um careca assumido, um barrigudo divertido, dentes separados num sorriso, e mãos desproporcionais…mas fortes.
Aquela música difícil de acostumar, que depois de decorada, não sai da cabeça.
Aquele gosto estranho, chamado de exótico na viagem de dez anos atrás, ficará sempre na lembrança.
Hoje em dia, bonito é fácil de ser.
Mas irresistível mesmo é a perfeita imperfeição.
A quem me lê e me ouve,
Um beijo.
ALANA.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
VíCiO
Eu escrevo. Escrevo sem parar.
Provavelmente se você já espiou meu perfil, já leu meus
devaneios, poesias, trechos de música ou pedaços de coisa nenhuma.
Ou melhor: pedaços de mim.
Eu fumo. Mas meu cigarro é minha caneta.
Tão cafona quanto um cigarro, mas eu ainda escrevo com canetas.
Eu bebo. Bebo histórias, músicas,sentimentos,
e fico completamente bêbada de tudo isso, quando pego meu violão pra colocar pra fora a ressaca que quero evitar.
Você me lê porque aqui também é meu palco. Aqui você me lê cantar.
Muitas músicas minhas terminam incompletas.
E uma música inacabada nada mais é do que poesia sem melodia.
Mas quem sabe você acabe ela por mim…em você.
Termine minha loucura gentilmente chamada de inspiração.
A quem me lê e me ouve,
Um beijo.
ALANA.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
AGORA!
Nunca gostei muito de esperar pelas coisas.
Até pra nascer eu não esperei: cheguei duas semanas antes.
Não deixo o melhor pedaço de bolo pro final, eu como
primeiro.
Uso a melhor roupa numa segunda-feira, o melhor perfume para ir à feira, a melhor lingerie num dia comum.
Começo lendo as revistas do final pro início.
Não espero as coisas virem a mim, vou até elas.
Porque pra mim o amanhã não existe. E se eu não acordar? E se tudo mudar?
Então qualquer hora é momento de comemorar o simples motivo do agora existir…
E eu existir..com você, no agora.
Tim-tim!
A quem me lê e me ouve,
Um beijo.
ALANA.
DAQUI PRA FRENTE
É eu sei, eu erro.
Abro a boca pra consertar e erro cada vez mais.
Aprendo que o silêncio vale mais que a palavra, e me calo.
E pela omissão, me arrependo.
Me arrependo de cada instante que não fiz nada, de estar em lugares que não queria estar e com pessoas que não queria ficar.
Vivo com minhas lembranças do que aconteceu e do momento que não houve e morreu.
Hoje eu resolvi falar. Falar e errar. Fazer e acertar.
Porque vou me arrepender de coisas que fiz mas nunca mais de atos recolhidos e palavras contidas.
A quem me lê e me ouve,
Um beijo.
ALANA.
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