terça-feira, 3 de março de 2009

Minha, Sua, Nossa Música

O grande barato de fazer música é poder fazer parte da vida das pessoas. Não tem preço quando elas choram com a música, namoram, lembram, sentem,dançam, balançam o pézinho. Domingo eu estava na piscina do meu prédio e chegou uma menina e disse que a minha música Destino era dela. Ela adotou a música. E eu sei que essa música é de muitas outras pessoas também. Já deixou de ser minha no momento que eu a criei. Coloquei pra fora, virou som, virou verdade, virou parte do todo. Ouvir as pessoas cantando minha música no show, ouvir alguém assobiando a melodia sem nem se tocar que fui eu que fiz, saber que tem alguém namorando com ela, me dá uma sensação no peito que não sei explicar. É isso que me satisfaz como artista. Faço música porque preciso expressar o que estou sentindo no momento e porque não encontrei outra música que expressasse isso. Mas me libertar dela e saber que dali em diante ela será de muitas outras pessoas, é tudo.
E eu sempre adotei várias músicas pra mim também. E lembro de várias músicas que marcaram minha vida. A primeira que eu me lembro foi Sunshine do John Denver. Lembro do exato momento que a ouvi. Eu estava brincando na varanda da casa que meus pais tinham na Praia do Grant em Santa Catarina. Era final de tarde e eu devia ter uns 4 anos. A segunda música foi Total Eclipse of a Heart da Bonnie Tyler. Eu estava no primário brincando no pátio e ouvi aquela música vindo da quadra de esportes. Sai correndo pra saber de onde vinha. Era uma apresentação de dança. Depois dessas vieram tantas outras...várias do Elvis, do AC/DC, do Depeche Mode, Layla do Eric Clapton, Wonderful Tonight, Always on My Mind, Bizarre Triangle Love do New Order. Meu amigo Dudu gravou ela pra mim numa fita cassete onde no lado A só tinha ela gravada várias vezes. Depois Dyer Maker do Led, Because the Night do 10.000 Maniacs e muitas outras. São todas minhas. Quando eu ia a uma balada com a Lu,minha amiga, não importava onde estivéssemos, se tocasse a do The Outfield sabíamos que nos encontraríamos na pista, porque era ¨nossa¨música¨ e dançávamos até morrer. Depois com Aninha veio Save Tonight do Eagle Eye Cherry e era a mesma coisa (nessa nos enganávamos às vezes porque tem uma música do Capital que o começo é igualzinho, e várias vezes corríamos pra dançar e descobríamos que não era. Grrrrrr). Todas essas músicas são minhas. E já toquei elas tantas vezes no violão que às vezes esqueço que não são realmente minhas.
E na verdade não importa. O que importa é que as músicas estão aí pra serem ouvidas, tocadas, sentidas,choradas, dançadas. Com a música não existe egoísmo, as pessoas querem compartilhar, cantar junto, oferecer. Eu te ofereço as minhas.
A quem me lê e me ouve,
Um beijo.
ALANA.

Um comentário:

  1. Caraca...

    Das suas músicas completamente identificadas (música / banda), tem duas que tbém são minha músicas: Bizarre Love Triangle do new Order...era época de matinês, eu devia ter 14 / 15 anos...até no show deles eu fui. Me arrepia até hj esta música ! Outra é Layla...essa eu sei tocar até hj no piano (ahhh...não sei se vc lembra, mas eu toco (quer dizer tocava) piano, minha mãe é prof. de piano clássico)...quando eu saí do piano clássico pro popular, foi a primeira música que pedi pra aprender !
    Outra que marcou exatamente aquelas férias no saudoso Imperador Turismo foi "So Far Away" do Dire Straits...não sei por que, mas toda vez que escuto esta música minha mente voa pra frente do hotel, a praia atravessando a rua, aquela casa de sucos "havaiana" que tinha quase na esquina e tbém a sala de TV do Hotel...acredita ? O motivo ? Meu pai tinha acabado de comprar a fita cassete do Brother in Arms e fomos escutando no carro sem parar, de SP até Piçarras...crazy...!!!
    Legal que pelo menos nas origens musicais temos coisas em comum !

    Virei seu fã depois de ler o post !!! rsrsrsrsr

    Bjsssssssssssssssss

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