STOP!

Como a gente sabe qual é o momento de parar?
Como se identifica o momento exato de desistir de sentir?
Quais os motivos que se deve ter para se abrir mão de um sonho?
Ou desistir de algo que você vem imaginando desde que se lembra de fechar os olhos?
Ou de alguém que vem ocupando seus dias e noites há tanto tempo, tirando sua respiração a cada lembrança?
A questão é…como você se desfaz de um sentimento que te acompanha há tanto tempo, te acorda todas as manhãs e te dá todos os boa-noites?
Eu te digo… Qando o pensamento te engana dizendo que existe esperança.
Eu sou a favor de acreditar sempre, mas sempre vai dar?
Eis que um dia você sente, no corpo e na mente, que precisa parar.
Parar tudo, parar o mundo. Pular do trem.
E nascer de novo…renascer…para o presente.


A quem me lê e me ouve,

Um beijo.

ALANA.

CHOREI

Hoje chorei por você.
Chorei porque seu orgulho lhe impediu de ler palavras lindas e sinceras de quem só lhe queria bem.
Chorei porque sua vaidade lhe cegou os olhos para a verdade, e os ouvidos para as canções de conforto.
Chorei porque você nunca saberá como teria sido, pois disse "não" antes de conhecer o "sim".
Chorei porque você nunca verá o resto da sua história, pois não parou um minuto pra reavaliar seu pré-julgamento errado.
Chorei porque mesmo nas escolhas erradas, o destino abre frestas para que possamos escapar…mas seu ego é grande demais para conseguir passar por elas.
Chorei porque no momento da encruzilhada, você não foi bravo o suficiente para escolher um caminho. E permaneceu em cima de sua cruz.
Chorei porque a felicidade lhe cutucou, e você a ignorou com descaso.
Chorei e ainda choro. Porque seu sorriso só esconde suas verdadeiras lágrimas.
Então me despeço, pois lhe assistindo negar o choro, choro eu.
Estarei ausente, e não voltarei cedo, nem breve.
Não estarei presente. E rezo...que a vida lhe seja boa, leve.

A quem me lê e me ouve,

Um beijo.

ALANA.

Tarantino's Jukebox

Que Tarantino sabe escolher música, todo mundo já sabe.
O conhecimento musical do cara é uma fábula e acaba sendo um diferencial em seus filmes.
A origem do bom gosto musical pode ter vindo do pai Tony Tarantino, ator e cantor. Mas o que se tem certeza é que ainda não existiu nenhum filme dirigido por ele que não tenha uma trilha sonora digna de ser guardada numa parte especial da sua estante. O mesmo acontece com À Prova de Morte e sua trilha de jukebox.

O cd foi lançado na mesma época em que o filme foi exibido em Cannes pela primeira vez pela Maverick Records. São 16 faixas que misturam diálogos do filme, bandas pouco conhecidas, pop, rock, clássico e soul e um pouco de psicodélico.

Tem gente que pode achar que os filmes são de quinta categoria, mas as músicas...ah..essas são de primeira!



A quem me lê e me ouve,

Um beijo.

ALANA.

NADA

"Há dias que tudo que eu escuto não me diz nada, nada, nada.
Se os sons não vêm de você, nao me dizem nada.
Esse zumbido no ouvido me dizendo o que é ou não permitido...
Se existe perigo, mas for com vc...nada é proibido.Nada.
Nenhuma combinação de notas era mais perfeita que você e eu.
E eu percebo que as palavras perderam o valor
No olhar aquele vazio.Aquele. Foi só o que ficou.
Teu pensamento não conecta mais o meu. Não nega.
Tudo que era nosso agora é só meu ou é só seu.
Nao sei qual foi o momento, mas algo se perdeu, doeu.
Essa minha agonia foi decifrada na sua conexão vazia
Foi numa respiraçao sua sem paciência
quando meu corpo pedia urgência,
que percebi…não dava mais.
Você nao atendeu a ultima ligação que importava:
a nossa conexão de sinais imorais e atemporais.
Agora você diz: sua vida segue sem mim.
E eu olho e não vejo nada, nada, nada."

Esse devaneio na madrugada era pra ser a letra de uma música...e resolvi
postar aqui.

A quem me lê e me ouve,

Um beijo.

ALANA.

Saudade da Saudade

Você já sentiu saudade da saudade?
Saudade de sentir saudade.
Saudade da expectativa de algo.
Às vezes a melhor parte de uma viagem é esperar por ela.
A melhor parte da festa são os preparativos.
Para muitos a melhor parte do namoro é a paquera.
A melhor parte de um sonho é quando ele ainda é um sonho, porque depois que ele se realiza,num instante ele acaba.
Ou aquele sonho que se sonha dormindo. Você acorda e fica só a lembrança.
Tem também o sonho com crème coberto de açúcar….hummm, que vontade. A semana inteira com saudades do sonho que só se come no domingo na casa da avó. E depois de quatro mordidas…ele acaba.
E fica só a saudade da saudade que era ter… saudade.

A quem me lê e me ouve,

Um beijo.

ALANA.

GPS X INTUIÇÃO

Dizem que as mulheres têm senso de direção pior que dos homens.
É comprovado.
Eu faço parte dessa estatística.
Sou capaz de me perder dentro do shopping.
E não, mapas não falam o mesmo idioma que eu. Não nos entendemos.
Só que ninguém vê o lado bom disso tudo, além de mim:
Quando eu me perco, eu me descubro ainda mais. Pois vou descobrindo novas ruas e novos lugares.
Pessoas que não estariam nos caminhos antigos, agora me esbarram nas novas esquinas.
Já quiseram me dar um GPS de presente.
Mas eu já tenho um: minha intuição. E esta fala a minha língua e está sempre atualizada, em qualquer lugar do planeta.

A quem me lê e me ouve,

Um beijo.

ALANA.

PAI

Taí uma comemoração que acho digna: Dia dos Pais.
Porque crescemos pendurados na saia da mãe, mas são eles que nos dão um parâmetro na vida.
Eu não lembro, mas me contam que lá pelos meus três ou quatro anos eu ficava apaixonada admirando meu pai.
Claro, achava obviamente que ele era meu herói. Lembro dele, uma tarde, chorando sentado na beira da cama depois de desligar o telefone. O herói dele havia falecido. O herói do meu herói.
Acho que a gente devia crescer vendo os heróis chorarem, se machucarem, errarem. Para não nos cobrarmos tanto depois.

Tenho certeza que meu pai não se lembra das minhas audições de piano, nem do meu primeiro festival da canção, nem da cor da minha lancheira, não sabe se tenho alergia à alguma comida, qual é minha cor preferida, qual é meu sonho realizado ou a realizar, meus traumas, medos, a maioria das minhas vontades ou gostos.

Mas lembro ele me levando ao meu primeiro dia no pré, escola nova. Ele me levando pra escolher discos nos sábados de manhã, andando de bicicleta, fazendo pipas comigo, aprendendo mágicas pra fazer pra mim, decorando minhas festinhas de aniversário, me levando pra falar com o meu professor de ballet, tentando conversar comigo sobre minha primeira menstruação (ele disfarçando estar confortável e eu desejando me enfiar dentro do ármario), pagando a coleção da Barsa e todos os cursos que eu inventava fazer, indo assistir os jogos que eu competia no colégio.

Lembro ele me levando pro trabalho dele quando eu não tinha aula, lembro do gosto do chá gelado que tinha lá e do cheiro de escritório em seus ternos quando chegava em casa. E em sua mesa, na última gaveta, estavam guardadas todas as minhas “obras de arte”: os desenhos que fazia pra ele e ele guardava!

Tenho certeza que o que eu quero pra mim é muito diferente do que ele quer.
E mesmo assim tento chegar ao objetivo comum da vontade de ambos: que eu seja feliz. Acho que é isso que um pai pode desejar pra um filho: que ele seja feliz (e tenha uma boa aposentadoria, casa própria e plano de saúde vitalício, tá... tá... tá...)

Há alguns meses tivemos um desentendimento por msn. Falei algo que ele entendeu meio torto, e acabou ficando por isso mesmo. Ele me disse que eu era muito independente. E eu respondi dizendo que era porque precisei ser assim.
O que eu não disse é que se eu precisei ficar muito independente desde cedo, foi porque eu quis evitar levar problemas ou angústias a ele, pois ele já os tinha demais. E me preocupo tanto com ele, que se depender de mim, não serei eu o motivo de mais uma preocupação.

Como diz a letra de uma música do meu disco: “somos dois com o mesmo sangue na veia. Com erros e perdões a vida inteira.”

Todos têm um medo na vida. O meu é que algo de ruim aconteça a ele. E sendo assim, não serei eu a levar qualquer razão que o estresse, angustie ou preocupe. Porque ele continua sendo meu herói. Só que agora um herói de verdade: um herói que chora.

Feliz Dia dos Pais, PAI.

ALANA.