segunda-feira, 20 de abril de 2009

Destino


Hoje vou falar das pessoas, anjos,que encontramos por acaso ( ou não) e que fazem nossos dias,e nossa vida valerem a pena. Eu tenho uma memória imensa para lembrar de todas e cada pessoa que me ajudou de alguma forma. Vou falar especificamente sobre minha carreira. Lembro do Sapo, coordenador da rádio Atlântida da RBS em Joinville..que anos atrás foi o primeiro a acreditar em mim e começou a tocar minha música. E depois outra....e depois outra. André, dono do Rutana, primeiro lugar que toquei. Lembro das tantas pessoas que nem me conheciam e ligavam para a rádio pedindo a música vária vezes porque queriam que ela estourasse.
E semana passada tive a sorte de encontrar mais dessas pessoas lá no Rio Grande do Sul. Em primeiro lugar, Marcão da Rádio Integração FM 87,9. Grande profissional, gente boníssima,coração enorme. Obrigada pela entrevista, adorei ser entrevistada por você. E por causa dele cheguei à grande Rádio Tropical. Fiquei impressionada com a estrutura e com todos. Fui recepcionada por Cris Costa, grande comunicador e muito carismático. Adorei todo o pessoal que teve toda a consideração em me receber, ouvir minha história, meu disco e tocar minha música. Esse tipo de coisa não tem preço. É o que faz tudo valer a pena.
E é isso aí...pra quem não mora lá: acessem http://www.tropical.fm.br que tem uma das melhores programações que já ouvi. Dá pra ouvir ao vivo na net. E entrem lá pra pedir minha música Destino!!! Dá pra mandar SMS, torpedinho por lá mesmo..ligar,mandar sinal de fumaça...rs...
O importante é o movimento....e o movimento da música girando pelo Universo e entrando em cada coração.
A quem me lê e me ouve,
Um beijo.
ALANA.

sábado, 18 de abril de 2009

Férias!

Desde julho de 2008 que meus pais, irmã e eu tínhamos combinado passar a Páscoa de 2009 juntos, na casa de minha ¨Oma¨. ( Ja, Ich spreche Deutsch). Afinal, ela já está uma moça de 90 anos e queríamos fazer esta surpresa para ela. E então ficou marcado: nossa Páscoa seria em Marques de Souza. ( prestenção!: não é ¨marquês¨...é Marques mesmo. Não sabe onde fica?Como não? Eu te digo: é uma cidade de colonização germânica ao lado de Travesseiro e Estrela, no Rio Grande do Sul.

Confesso que fiquei ansiosa, eu não visitava Marques, que hoje é um município, desde 92, quando meu Opa faleceu. E estava apreensiva que quando chegasse lá minhas lembranças virassem decepções. Não queria ver asfalto, prédios...queria chegar e sentir o cheiro peculiar de eucalipto,bosta de vaca, erva de chimarrão...Queria ralar o joelho no arame farpado, fazer xixi no meio do mato quando no desespero de todos os banheiros de casa ocupados.....só sobra a ¨patente¨..aquela casinha de madeira fedida com um buraco no meio..ui.
Passei praticamente todas as férias de minha infância lá, subindo em árvores laranjeiras, chupando cana, tirando leite de vaca, correndo de touro bravo, assustando as galinhas,chorando desesperada junto com o porco que ia ser morto pela manhã, sentindo o cheirinho da comida feita no fogão à lenha, ouvindo a serenata que no Natal vinham fazer na janela nas madrugadas.


Enfim, chegando lá, minha irmã e eu resolvemos entrar na cidade a pé pra curtir cada pedacinho e ....surpresa: uma procissão de Sexta-feira Santa no caminho. Tá...Demos uma volta seguindo um motoqueiro (não, não era um motoboy) e voltamos para o nosso trajeto: passamos pela pracinha, o hospital, o pátio do colégio, a Igreja Luterana (ahhh o sino da igreja..eu PRECISAVA ouvir...e não é que tocou? Lagriminhas caindo. Pena que não dá pra fotografar os sons pra botar no porta-retrato) E lá fomos nós reconhecendo: a rodoviária (que é o banquinho na frente do mercadinho), a prefeitura, o cemitério, o boteco e... a rua da minha avó. E no caminho, sempre cumprimentando as pessoas com o tradicional ¨ó¨! ( Ó pra quem não sabe, é abreviação de Mó, que é abreviação de Morgen, Guten Morgen...bom dia..
A calçada continua com a tradicional pedra de sempre. Mas sim, o aslfalto chegou pelas ruazinhas de Marques. (Mas tenho que registrar aqui que é tudo muito limpo, nem um papelzinho de bala no chão, nem bituca.) Chegou também a AMBEV que comprou meu guaraná Polar e tirou do mercado. HUMPF.Ficou só a cerveja. Bom, tudo bem...já estou crescidinha, posso substituir, hehe. Chegaram também algumas lojas de móveis e um restaurante a quilo. Hoje a prefeitura não tem mais a única central telefônica à manivela da vila,mas tem computadores modernos com internet grátis para o uso da comunidade.(a Maristela,telefonista não perdeu o emprego...trabalha hoje na Câmara dos Vereadores!)
E então chegou a hora de ver o Rio Forqueta,a maior e melhor lembrança de todas:os banhos de rio. E não qualquer rio: o rio da infância. Mas, peraí! Cadê aquele mundão de água? E o que é aquela ponte enorme ali em cima? E aquela barragem? E o que são aquelas coisinhas nojentinhas boiando na água? NÃAAAAAAAAAAOOOOOOOOOO!!! Ahhhhhhhh não!!! Mas respirei fundo e entendi uma parte: não chovia há um tempo, rio estava um pouco baixo,seco...mas ainda sim...era o meu rio. Com progresso, pontes e lixos, era ele ali, o mesmo. Me recepcionando depois de tanto tempo. Mesmo com aquele céu sem nuvens disfarçando o friozinho, não pude deixar de dar meu abraço e...tchibum!!
Meu avô sempre me presenteava com os bezerrinhos que nasciam. Minhas vaquinhas (Bonita e Bahiana) não existem mais, mas os Quero-Queros sim, os cocoricós as 6 da manhã também...e os ¨móóóos¨ deliciosos das outras vaquinhas nas estrebarias ou nos pastos também. E também estão as árvores de laranja, fruta-do-conde,caqui, tangerina, pés de alface, o milharal...a mistura de cheiros...ainda está tudo lá.
E surpresa: a Brasília amarela 75 do meu avô estava lá me esperando, intacta, linda e do jeito que ele deixou. Ele morria de ciúmes dela, mas agora quem morre de ciúmes dela sou eu. Só eu dirigi! (pelo menos enquanto eu estava lá) Lógico que fui dar uma volta. Não deu pra fazer poeira, porque agora é asfalto, mas deu pra ouvir música caipira no rádio com chiado e sofrer com a embreagem e câmbios duros.
Foram só três dias para resgatar tantos anos de saudades e lembranças. Não sei se repreencheu meu coração por inteiro, mas espero voltar lá para levar meus filhos um dia.
E então, na minha Brasília amarela (que acabei de herdar antecipadamente) fui dar adeus por agora para minha Marques de Souza de hoje e de ontem. E espero que de sempre, pra sempre.




A quem me lê e me ouve,



Um beijo.



ALANA.



quarta-feira, 11 de março de 2009

Não me interessa

¨Não me interessa o que você faz para viver. Quero saber o que você deseja ardentemente, e se você se atreve a sonhar em encontrar os desejos do seu coração.
Não me interessa quantos anos você tem. Quero saber se você se arriscaria a aparentar que é um tolo por amor, por seus sonhos, pela aventura de estar vivo.
Não me interessa quais os planetas que estão em quadratura com a sua lua. Quero saber se você tocou o centro de sua própria tristeza, se você se tornou mais aberto por causa das traições da vida, ou se tornou murcho e fechado por medo das futuras mágoas.Quero saber se você pode sentar-se com a dor, minha ou sua, sem se mexer para escondê-la, tentar diminuí-la ou tratá-la. Quero saber se você pode conviver com a alegria, minha ou sua, se você pode dançar loucamente e deixar que o êxtase tome conta de você dos pés à cabeça, sem a cautela de ser cuidadoso, de ser realista ou de lembrar das limitações de ser humano.
Não me interessa se a história que você está contando é verdadeira. Quero saber se você pode desapontar alguém para ser verdadeiro com você mesmo; se você pode suportar acusações de traição e não trair sua própria alma. Quero saber se você pode ser leal, e portanto, confiável.Quero saber se você pode ver a beleza mesmo quando o que vê não seja bonito todos os dias, e se você pode buscar a fonte de sua vida da presença de Deus. Quero saber se você pode conviver com o fracasso, seu e meu, e ainda postar-se à beira de um lago e gritar à lua cheia prateada: "Sim!Não me interessa saber onde mora e quanto dinheiro você tem. Quero saber se você pode levantar depois de uma noite de tristeza e desespero, cansado e machucado até os ossos e fazer o que tem que ser feito para as crianças.Não me interessa quem você é, como chegou até aqui. Quero saber se você vai se postar no meio do fogo comigo e não vai se encolher.Não me interessa onde ou o que ou com quem você estudou. Quero saber o que o segura por dentro quando tudo o mais fracassa. Quero saber se você pode ficar só consigo mesmo e se você verdadeiramente gosta da companhia que consegue nos momentos vazios.¨

Achei parte desse texto numa revista nova que recebi, que se chama Bobô e é mto legal, por sinal. O autor é desconhecido...mas achei o resto e me indentifiquei, então aí está.

A quem me lê e me ouve,

Um beijo.

ALANA.

Time after time


Tá..demorei pra escrever este post. Mas não estava sentindo a hora de escrever. Acho que tem uma hora certa pra tudo. (Por falar em hora certa, já percebeu que nas propagandas de relógio, a hora é SEMPRE 10:10h???) Eu sou muito ansiosa, curiosa, quero as coisas pra agora (mas sabe que melhorei nisso e estou bem mais calma?) E vivo sempre o presente. Não sou daquelas pessoas que vivem de lembranças do passado e como outras, que estão sempre pensando em como será a vida quando fizer isso ou aquilo...quando comprar uma casa..quando viajar pra não sei onde, quando, se...quando...se...
Eu não acredito no acaso, acredito em destino ( ¨se o destino me atrai...o acaso não me satisfaz....la la la la ¨ ). E acho que encontramos as pessoas certas na horas certas também. Os encontros..os desencontros... Talvez alguém só passe na sua vida...mas para aquele momento, era o que tinha que ser. A vida é feita de momentos. E o momento é aqui e agora.
A quem me lê e me ouve,
Um beijo.
ALANA.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Invenções


Nesses dias de calor insuportável aqui em São Paulo, já fiz vários brindes ao inventor do ar condicionado (foi Willis Carrier, um americano de 25 anos, em 1902). E depois ao inventor do controle remoto do ar condicionado. Na verdade eu acho que quem inventou o controle remoto fui eu. Hahahahah. Porque eu sempre gostei de adormecer com música e o aparelho de som ficava do lado oposto da cama no quarto...aí ou eu deixava ligado à noite toda ou tinha que levantar pra desligar...e eu pensava: por que não inventam um controle remoto pro som?? (mas Robert Adler pensou antes... e o inventou em 1955) Mesma coisa com o controle do ar. E o celular?Eu ficava na praia o dia inteiro nas férias, queria telefonar, e pensava:por que não inventam um telefone sem fio que a gente possa levar pra todos os lugares???? E o cotonete então? Se eu fosse pra uma ilha deserta e tivesse que levar só 3 coisas...eu levaria: violão,muita água...e cotonete!! (afinal quem é que precisa de faca ou fósforos??? Hahah até porque eu acharia a lâmpada do gênio). E a internet??? Dá pra imaginar a vida sem internet??? Mail? Ipod?Fralda descartável? Protetor solar? Miojo? Despertador em forma de bola de baseball pra jogar na parede... (né, Breno???)
Agora...o inventor do chocolate eu quero pegar e encher de porrada!! Ai que ódio fazer uma coisa tão boa e viciável (ou viciante??)que engorda. Grrrrrrrrrr!!!
E é claro que vou fazer agora um brinde ao inventor do blog...senão a gente não estaria aqui. Eeeee!!!!
E agora vou lá inventar uma música nova.
A quem me lê e me ouve,
Um beijo.
ALANA.

terça-feira, 3 de março de 2009

Minha, Sua, Nossa Música

O grande barato de fazer música é poder fazer parte da vida das pessoas. Não tem preço quando elas choram com a música, namoram, lembram, sentem,dançam, balançam o pézinho. Domingo eu estava na piscina do meu prédio e chegou uma menina e disse que a minha música Destino era dela. Ela adotou a música. E eu sei que essa música é de muitas outras pessoas também. Já deixou de ser minha no momento que eu a criei. Coloquei pra fora, virou som, virou verdade, virou parte do todo. Ouvir as pessoas cantando minha música no show, ouvir alguém assobiando a melodia sem nem se tocar que fui eu que fiz, saber que tem alguém namorando com ela, me dá uma sensação no peito que não sei explicar. É isso que me satisfaz como artista. Faço música porque preciso expressar o que estou sentindo no momento e porque não encontrei outra música que expressasse isso. Mas me libertar dela e saber que dali em diante ela será de muitas outras pessoas, é tudo.
E eu sempre adotei várias músicas pra mim também. E lembro de várias músicas que marcaram minha vida. A primeira que eu me lembro foi Sunshine do John Denver. Lembro do exato momento que a ouvi. Eu estava brincando na varanda da casa que meus pais tinham na Praia do Grant em Santa Catarina. Era final de tarde e eu devia ter uns 4 anos. A segunda música foi Total Eclipse of a Heart da Bonnie Tyler. Eu estava no primário brincando no pátio e ouvi aquela música vindo da quadra de esportes. Sai correndo pra saber de onde vinha. Era uma apresentação de dança. Depois dessas vieram tantas outras...várias do Elvis, do AC/DC, do Depeche Mode, Layla do Eric Clapton, Wonderful Tonight, Always on My Mind, Bizarre Triangle Love do New Order. Meu amigo Dudu gravou ela pra mim numa fita cassete onde no lado A só tinha ela gravada várias vezes. Depois Dyer Maker do Led, Because the Night do 10.000 Maniacs e muitas outras. São todas minhas. Quando eu ia a uma balada com a Lu,minha amiga, não importava onde estivéssemos, se tocasse a do The Outfield sabíamos que nos encontraríamos na pista, porque era ¨nossa¨música¨ e dançávamos até morrer. Depois com Aninha veio Save Tonight do Eagle Eye Cherry e era a mesma coisa (nessa nos enganávamos às vezes porque tem uma música do Capital que o começo é igualzinho, e várias vezes corríamos pra dançar e descobríamos que não era. Grrrrrr). Todas essas músicas são minhas. E já toquei elas tantas vezes no violão que às vezes esqueço que não são realmente minhas.
E na verdade não importa. O que importa é que as músicas estão aí pra serem ouvidas, tocadas, sentidas,choradas, dançadas. Com a música não existe egoísmo, as pessoas querem compartilhar, cantar junto, oferecer. Eu te ofereço as minhas.
A quem me lê e me ouve,
Um beijo.
ALANA.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Olho gordo


Quando era criança, eu tinha uma vizinha que acreditava em todas essas crendices populares como não poder tomar leite se comesse manga, se comesse melancia tinha que tomar uma dose de pinga pra não virar pedra e morrer. Uma bobagem atrás da outra. Eu devia ter uns 5 anos e já achava tudo um absurdo. Se não fosse ela dar a pinga pras filhas eu já ia achar que era desculpa pra tomar um golinho..rs.. E pra contrariar e provar como era tudo ridículo, lógico que eu me entupia de manga com leite, melancia e tudo que diziam que não podia comer e fazer. E nessa de desafiar o absurdo...fui crescendo... e não podia ver uma escada que passava embaixo.
Só que hoje, eu tenho que dar o braço a torcer que já há algum tempo tenho tido provas de que algo que eu não acreditava, existe: olho gordo!!!!!!!! Ui.
Sempre pensei: ¨imagina, energia ruim não pega. Inveja não pega, volta. Se eu estiver em outra freqüência, nada me atinge.¨E nunca dei bola pra isso. Só que nos últimos anos, tenho sentido que pega sim. Principalmente nas pessoas que estão vulneráveis, nas que são mais sensíveis, ingênuas que acreditam que todo mundo é legal. Infelizmente o mal existe. E pessoas más existem. E às vezes a pessoa não é nem má, mas quer ter o que você tem. Não importa se você dá um duro danado e se sua vida não é pink. Se acharem que você é feliz por algum motivo, meu amigo...se prepara, não vão te deixar em paz. Já vi um pé de pimenta lindo com umas pimentas enormes que eu tinha ganhado, murchar instantaneamente na presença de uma pessoa ¨olhuda¨rs.Ui!!( Torcicolos, correntinhas arrebentando, bocejos, isso tudo é bubbles,tiro de letra.) E tem duas formas pra se livrar disso: você pode se mudar pra uma ilha esquecida no pacífico, e conviver com ovelhas, e com as pessoas só via MSN. (fiquei me perguntando agora se olho gordo pega via net, kkkkkkk) Ou então dane-se, não é olho gordo que vai controlar minha vida. Eu não tenho medo de nada, não vai ser de uruca. Mas fiquei mais na minha, não conto mais nada pra ninguém, só o que quero que saibam. Se for contar, vou contar aqui no blog, pra todo mundo saber de uma vez.
E conversando sobre isso com um amigo, ele me pergunta: tem o que fazer contra isso?Tem como se proteger? E eu disse pra ele o que padres, pastores, pais-de-santo e pessoas do bem já me falaram: tenha fé, acredite, seja feliz, reze bastante, fortaleça corpo,mente e alma.Hum......E...ferva em dois litros de água sal grosso,7 cravos-da-índia, 3 canelas em pau, alecrim e arruda!!! Fiz e estou com um cheirinho gostoso de strudel de maçã. Nhacccccc!
A quem me lê e me ouve,
Um beijo.
ALANA.