sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Mistérios...


Hoje é sexta-feira 13. Buuuuuuuuu!!!
Comigo acontecem as coisas mais bizarras e estranhas desde sempre. Desde coisas bobinhas como estar num show de mágica sentada na última fila e escondida e o cara precisar de um ajudante e me chamar. Parece que tem sempre uma seta em neon verde-limão piscando acima da minha cabeça. Já dancei hula em TODOS os shows de hula-hula que eu já vi no mundo...seeeempre tem uma mão me puxando para o mico. Show lotaaaado do Blue Brothers em Los Angeles..eu nem prestando atenção..tava atrás de todo mundo, preocupada em achar minha amiga, né Luuuu? E só sinto uma mão me puxando para o micão. Dancei, cantei.Tá...tem foto. Um dia mostro. Ui.
Estava eu lá em Gramado na época da Páscoa e era uma sexta-feira 13. De lua-cheia.
Para os magos, bruxos e místicos é um grande dia energética e espiritualmente falando. Não tenho a mínima idéia do por quê. Mas enfim...adoro esses assuntos, acho uma piração até coerente.Astrologia, quiromancia, pode trazer, babe, contar, falar sobre isso que eu adoro. Gosto até daquele programa Assombrações da Discovery que é toscão.hihihi!
Continuando...no hotel Laje de Pedra tinha uma convenção dos magos do mundo todo.Um barato. Eu estava perambulando pelas barraquinhas onde vendiam livros, incensos,pedras e todas essas coisinhas que eu adoro.Vi dois magos com roupa de mago mesmo(meio monge) olhando pra mim e cochichando. (Pensei: pronto! Vão oferecer meu corpinho pra algum sacrifício na fogueira à meia-noite junto com alguma cabra. Depois de pisar sobre carvão em brasa e beber alguma mistura alcoólica doida ) E eles então começam a andar na minha direção!!!! Ui!Não deu tempo de fugir. Um deles segurou minha mão e começou a falar da minha vida. Do passado, vida passada, presente, futuro. Panquei. Chorei que me acabei. Foi lindo e assustador. Não consegui ver a cara do cara. Mas lembro claramente de tudo que ele me disse. Inclusive do motivo de eu ter tanto problema de garganta. (todo cantor que conheço tem ¨ites¨:amigdalite, faringite,ite, ite , ite) Que eu não consegui na outra vida ser compreendida pelo meu povo, pois tinha idéias muito avançadas para a época e que nasci nesta vida para falar através da música (me senti mega pop, rs). Isso há 12 anos era uma novidade pra mim, porque até então eu não sabia que era isso que eu ia fazer da minha vida. E falou que quando eu descobrisse isso em mim, minhas ¨ites¨passariam. Cantor com criatividade bloqueada vai descontar na garganta, lógico. Aff. Bom, anos depois, gravei meu primeiro disco...e nunca mais tive problemas de ite. Claro que às vezes tenho,mas não como anos atrás,quando fugi de uma cirurgia pra tirar amígdalas.
Não dá pra contar aqui todas as doideiras que me acontecem. E até que ultimamente o Universo acalmou...acho que minha vida já é doida demais. Então me contento com achar dinheiro no chão, ter vaga sempre livre pra mim na porta do shopping em estacionamento lotado, ganhar sorteio, rifas...
13 sempre foi um número da sorte pra mim. Não tenho superstições. Passo embaixo de escada e adoro gatinhos pretos. Só não falo em voz alta palavras negativas e nomes de algumas doenças. Acredito no poder da palavra. Ok..então tenho uma superstição.Oba.
E acredito no poder do pensamento. Quando você realmente quer alguma coisa acontece. Até porque se você quer, você vai atrás. O Universo conspira sim, mas vê se dá uma mão pra ele!! Um brinde à sexta-feira 13!!!

A quem me lê e me ouve,
Um beijo.
ALANA.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

My home is in my head


Vi na camiseta do meu amigo Affonso a frase: ¨My home is in my head¨.
Caraca!!Era a frase explicando como sempre me senti। E ali dita por Bob Marley. Só que talvez pra mim fosse ¨my home is in my heart¨. Sempre tive uma facilidade muito grande para me adaptar a situações e lugares diferentes. Mas nunca tive a sensação de estar em casa.
Porque talvez eu tivesse a sensação sempre comigo, em qualquer lugar. Sou eu que faço de mim mesma a minha casa. Eu moro em mim, é comigo que me sinto mais confortável. Meus pensamentos são minha direção. Meus sentimentos são minha casa.
Talvez por isso me adapte tão bem a hotéis। Eu adoraria morar num hotel.

Enfim...sempre gostei de Bob Marley, mas nunca me aprofundei.Nunca me interessei muito pela vida dos artistas, sempre pela arte deles, porque ali está a essência mais verdadeira.Mas desta vez fiquei curiosa pra saber mais da vida do Bob (já tô íntima), não só das músicas. Quem era esse cara que sentia como eu? Como vivia? Estou então pesquisando mais sobre ele...e também prestando mais atenção às músicas, às letras.
Este ano ele estaria fazendo 64 anos. Ele sempre foi à frente do seu tempo, geniozinho desde criança. Seus pensamentos e idéias eram revolucionários até para os dias de hoje.
Tá...não descobri nenhuma novidade। Bombei meu ipod de ¨Stir it up॥little darling...stir it up॥come on come on come on....¨ (Dread no cabelo vocês já perceberam que eu curto, rs) Os fanáticos por ele, como o Affonso, que sabem tudo da vida do cara, devem estar revoltados como só estou me interessando por ele agora. Um deles deve ser o Xandão, que quando vê meu violão, só rola Bob Marley.


Mas cada um tem sua vez, sua hora de enxergar as coisas. E a minha foi agora.
O artista passa neste mundo tatuando sua arte no tempo. Fica vivo pra sempre(oba..vão ter que me agüentar pra sempre!!!) E Bob Marley está mais vivo do que nunca...¨in our heads and in our hearts¨. Prazer, Bob, eu sou a Alana.

A quem me lê e me ouve,

Um beijo.

ALANA.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

ADEUS

Estes últimos dias tenho escrito muitas músicas. Preciso mandar algumas pra minha editora porque um cantor está escolhendo repertório (sou compositora da Sony). Ando numa fase inspirada. Porque tem fase que pego o violão e não sai nada. Às vezes a música nasce pronta: letra e melodia. Às vezes só melodia...às vezes só letra, como um poema. E hoje de manhã escrevi uma letra. Se alguém quiser tentar colocar uma melodia...

Eu hoje não vou dar adeus
À sua indiferença...à sua falta de crença... em nós.
Eu hoje não vou dar adeus
Ao seu olhar que me atravessa
A todo amor que sinto
E por amar eu minto
Que a dor não interessa.
Eu hoje não vou dar adeus
Porque você não vai ouvir
Vai sorrir ao descaso
Não vai sentir meu abraço.
Eu hoje não vou dar adeus
Como não disse ontem e não vou dizer amanhã.
Vou ficar ao seu lado, violão cantando, coração calado.
Eu hoje não vou dar adeus
Porque eu já me despedi tantas vezes
Em cada beijo ausente.
Eu hoje não vou dar adeus
O silêncio vai falar por mim.
Eu hoje não vou dizer adeus
Porque um pouco de mim foi partindo
a cada ausência sua.
Hoje não vou dizer adeus
Porque não estou mais aí.

A quem me lê e me ouve,
Um beijo.
ALANA.

Música Sustentável


Este texto escrevi para a revista REAÇÃO NATURAL que saiu agora em Janeiro de 2009:
¨Tem coisas que me deixam mal humorada. E uma das principais é o desinteresse, que é o que leva à ignorância. E pior: quando a pessoa tem à sua disposição a informação...o descaso.
Vou tentar transcrever um diálogo entre mim e um amigo músico, que trabalha numa loja de instrumentos musicais. Ele me pediu todo empolgado para assistir uma matéria gravada com ele para um programa de TV, falando sobre guitarras. E eu, achando que ele ainda ia gravar, disse:
-Poxa, que legal! Aproveita para falar sobre as guitarras de madeira certificada!
Ele: Sobre o quê??? Não conheço este tipo de guitarras.
Eu: São as guitarras com certificado de madeira reflorestada.

Ele: Ah, Alana, não entendo nada sobre esse tipo de madeira. Até porque dizem os ¨puristas¨ que as melhores são feitas com mogno...

Eu: (!!!) ...Tudo bem!!Você pode preferir Mogno, Cedro, Marfim, Marupá...A madeira reflorestada nada mais é do que a madeira que você conhece só que com o selo que serve para o consumidor reconhecer que o produto que ele está comprando não degrada o meio ambiente, assegura manutenção da floresta e combate a ilegalidade. Isto é: elas são exploradas mas replantadas.As guitarras têm a mesma qualidade e timbre que uma não certificada. A diferença é a sua atitude.

Ele: Ô, Alana...tenho certeza que lá em Londres, a dona de casa que compra um móvel, está destruindo muito mais o planeta do que uma simples guitarra.

Eu: Só que eu acho que uma dona-de-casa em Londres que compra uma cadeira de balanço,não influencia todo um povo como um Sting, um Bob Dylan, Bono, Madonna.
Estes, além de uma guitarra nas mãos, têm um microfone à boca.

Ele: É verdade...mas agora também não importa. Porque eu já gravei a matéria. E vai ao ar amanhã.
Eu: ...

É...realmente não importa. Sendo assim, nem contei a ele sobre as milhares de mortes que acontecem ¨na surdina¨ devido ao tráfico da exploração do preferido mogno dos tais¨puristas¨. Não contei a ele sobre a morte de dezenas de espécies de animais que não conseguem se adaptar à nova realidade florestal. Não contei a ele sobre Chico Mendes. Até porque ele deve conhecer vários ¨Chicos¨ já.

Mas talvez pudesse ter dito que eu sei que comprar um instrumento com o selo do FSC * emitido pelo Conselho Brasileiro de Manejo Florestal , é apenas um primeiro passo, uma mudança de comportamento. Que o que se vê é um total descaso , não só dele, e, quando há fiscalização, essa recai sobre a população mais pobre. O IBAMA, o órgão do governo a quem cabe a fiscalização, tem hoje menos de 200 homens nessa função na Amazônia.

Mas vou falar que já no Brasil alguns fabricantes de instrumentos como a Odery e a Hering já estão caminhando para o a fórmula ecologicamente correta, se utilizando de madeiras de áreas de manejo sustentável.

É isso aí. Quero finalizar dizendo que a guitarra que uso é pink, leve ,tem um timbre incrível e sim, é certificada. E que saber que minha música não está prejudicando ninguém pode ser uma grande besteira pra alguns. Pra mim, me faz fazer música melhor. Faz meu coração ficar em paz pra fazer mais músicas. Música sustentável. Música consciente.

**( sigla em inglês que significa Conselho de Manejo Florestal, um órgão credenciado mundialmente que checa a ¨cadeia de custódia¨ da madeira, ou seja ,o caminho que ela faz desde a floresta até o varejo, de acordo com uma série de indicadores sociais e ambientais)¨

A quem me lê e me ouve,

Um beijo,

ALANA.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Como assim?


Eu tento sempre me colocar no lugar do outro. Tento pensar como o outro pensa. Sentir como o outro sente. Li hoje um artigo numa revista onde a pessoa falava que dificilmente conseguimos nos colocar no lugar do outro a ponto de realmente sentir a sua dor. Podemos lamentar um resfriado de outra pessoa, mas nunca realmente sofrer como se fosse conosco. Hummm...
Um tempo atrás eu conheci um rapaz que dizia que não se interessava por música. Não disse que odiava...mas que não ouvia. Como assim? Pra mim era como me dizer que ele não precisava respirar. Porque ele podia até me dizer que não gostava de chocolate...ok..tem gente estranha que não gosta, haha, ou tem alergia... podia dizer que não gostava de praia, sol, cachorrinhos fofos... respeito por mais difícil que seja de entender, claro..mas música?????????????? Música pra MIM é a maior forma de contato com Deus, é sentir, pensar,respirar....Aí eu fiquei achando que talvez ele ouvisse, mas que não comprasse discos, DVDs, não fosse a shows...ok..tudo bem..normal. Pensei:ah..ele não percebe que ouve...mas ouve. Perguntei: e no carro? Você não liga o rádio? Ele: ouço notícias. Hummm...e na TV? Ele não assiste. Não dança também, conseqüentemente. E olha, ele era um cara bem legal, divertido, simpático, sorridente, inteligente e feliz. Tentei imaginar a minha vida sem música...como a dele. Quem é que nunca andou pela casa de olhos fechados um tempão pra tentar entender como seria não enxergar?
Foi então que ele me apresentou seus pais: um casal fofíssimo de surdos-mudos. É claro...!!
Eu me lembro de criança acordar nos sábados de manhã com música vindo da sala. De ir com meu pai às lojas de disco nos fins de semana. Do meu pianinho azul da Hering. Da minha primeira vitrolinha no Natal. Anos depois do ¨3 em 1¨ no aniversário.
O gosto, o amor pela música também se ensina, se aprende. Se até amar a gente está sempre aprendendo...música não poderia ser diferente.
E o meu amigo e seus pais ouvem música sim। Sentem a vibração...o ritmo do coração. Música é som e silêncio. E entendi que eles têm sua própria música silenciosa. E não deixam de sentir a parte mais importante da música deles: o amor.

A quem me lê e me ouve,
Um beijo.

ALANA

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Polyana


Sabe aqueles dias em que dá tudo certo? Aqueles que servem de conforto e lembrança boa nos dias que não são assim?
Coincidência ou não (e quem me ouve nas minhas músicas sabe que não acredito no acaso) hoje foi um dia em que acordei depois de uma noite de pesadelos e rezei. Rezei agradecendo por ter acordado. Pela minha cama, pela minha casa, pela minha família. E prometi que ia fazer de hoje um dia bom. O melhor de todos.
Que além de cumprir toda a minha agenda ( e essa ia ser minha primeira missão, mas afff, isso ia ser baba) eu ia ser feliz o tempo todo. Eu não ia reclamar de nada, nadinha. Mesmo com a Lua fora de curso (a partir das 15h), nem o Universo seria contra mim. Que eu ia fazer de tudo para as pessoas a minha volta serem felizes e que eu ia sorrir o dia inteiro, assim exagerado mesmo. Até no MSN! E que cada pessoa que falasse comigo durante o dia, ia ter que sair com alguma coisa boa,através de mim.
E acho que essa vibe toda só contagiou a mim mesma. Só me aconteceram coisas boas. E tô numa alegria só. Vontade de sair pulando, sabe como? Parece que toquei num show maravilhoso pra 50 mil pessoas. Tá..nunca toquei pra 50 mil pessoas..hahaha mas toco sempre como se fosse.
Pode parecer muito piegas tudo isso que estou falando, mas dane-se. Só posso dizer que comigo funcionou. Quero mais é virar a Polyana-Alana mesmo e viver o ¨jogo do contente¨. E amanhã, quando eu acordar, vou fazer tudo de novo.
E tem mais:o dia hoje ainda não acabou!!! OBA!!!!
A quem me lê e me ouve,
Um beijo,
ALANA.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Obsessão


Estou ouvindo uma música desde ontem sem parar. Quando eu gosto de alguma coisa é assim. Vejo um filme 50 vezes seguidas (e se tiver cena emocionante choro as 50!!). Música então....ouço a mesma sem parar, no youtube, no myspace, ipod, tiro ela no violão, faço versão. Quem está perto que agüente... ou não, né.
E a da vez é uma versão que John Mayer fez de Free Falling, conhece?É uma música do Tom Petty (quer dizer, não tãaao antiga, mas deve ter no mínimo uns 10 anos) E é a música que no momento toca sem parar aqui no meu notebook servindo de fundo musical e inspiração. Fiquei ouvindo enquanto montava o blog. E antes também, e depois também. hahahah E por falar nisso, e aí, curtiu???(o blog) Taí o link da minha obsessão de hoje:
http://www.youtube.com/watch?v=7wJ-VPqFzy0
Estou numa fase se desenterrar músicas antigas pra fazer minha versão delas no violão. Adoro dar uma cara inesperada para uma música que já está esquecida nos vídeos que você assiste hoje e pensa: é cafona demais e muito bommmm!! Alguém lembra de Air Supply? Heart? Hahaha Posso dar uma lista pra quem quiser. Esses dias estávamos passando o som antes de um show, e na casa estavam passando os clipes da carreira do Depeche Mode. GENIAIS. Outro clipe que vale a pena ver é de 1987, de uma banda chamada The Housemartins (¨melô do papel¨te de diz alguma coisa??) e eu duvido alguém reconhecer e me dizer o nome do baixista que hoje é super conhecido. Assiste aí...papapapapelll...http://www.youtube.com/watch?v=SA9NjGG9ijA
E por falar em cafona...o que é brega? É o que está fora dos padrões? Padrões de quê? Quem define?Procurei aqui no Wikipédia e olha só:
¨A palavra brega deriva da Rua Manuel da Nóbrega, em
Salvador, rua esta que ficava numa região de meretrício da capital baiana. Com o tempo, a primeira sílaba da placa com o nome da rua foi ficando corroída e as pessoas passaram a se referir aos prostíbulos dessa região como "brega". A partir disso, o termo se espalhou e, até os anos 1970, tinha também o sentido de "desordem", "confusão"¨No início dos anos 1980, o compositor Eduardo Dusek, depois de uma passagem por Salvador, usou a expressão na composição "E o Vento Levou Black", mas conhecida como "Brega-Chic", porém com um sentido diferente da gíria baiana: no novo sucesso de Dusek, a palavra "brega" estava associada a tudo o que fosse "deselegante", "cafona" ou "foleiro".
Tá....mas quem define?Hein???? Eu odeiooo preconceitos. E sou a favor da liberdade de expressão na forma de vestir, de falar, de gostar, de tudooooo. Até porque alguém já disse...que todos as cartas de amor são brega. Hum....Eu sou a favor do amor, então viva o bregaaaa!!

A quem me lê e me ouve,
Um beijo.
ALANA.